ATA DA VIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 21-12-2011.

 


Aos vinte e um dias do mês de dezembro do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dez horas e quarenta minutos, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Elói Guimarães, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Toni Proença e Waldir Canal. Durante a Sessão, foram aprovadas as Atas da Centésima Sétima, Centésima Oitava, Centésima Nona, Centésima Décima, Centésima Décima Primeira, Centésima Décima Segunda, Centésima Décima Terceira, Centésima Décima Quarta, Centésima Décima Quinta, Centésima Décima Sexta e Centésima Décima Sétima Sessões Ordinárias e da Vigésima Terceira e Vigésima Quarta Sessões Extraordinárias. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 013/11. Às dez horas e quarenta e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Às dez horas e quarenta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dez horas e quarenta e nove minutos. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 022/11 (Processo nº 2424/11). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 057/11 (Processo nº 3941/11). Após, foi apregoada a Emenda nº 16, de autoria do vereador Elias Vidal, Líder da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 187/08 (Processo nº 3862/08) e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João Carlos Nedel, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes, Requerimento esse aprovado por doze votos SIM e dez votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Adeli Sell, Beto Moesch e João Carlos Nedel, em votação nominal solicitada pelos vereadores Adeli Sell e João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Mario Fraga, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta e Toni Proença e Não os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Às onze horas e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às onze horas e trinta e cinco minutos. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Toni Proença, Líder da Bancada do PPL, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/11 (Processo nº 3319/11) e foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/11 (Processo nº 3319/11), após ser discutido pelos vereadores Luiz Braz, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto, Beto Moesch e João Antonio Dib. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 164/11, o vereador Paulinho Rubem Berta cedeu seu tempo de discussão ao vereador Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 164/11, por treze votos SIM e nove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, DJ Cassiá, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Mario Fraga, Nilo Santos e Paulinho Rubem Berta. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/11, por treze votos SIM e nove votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, Luiz Braz, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Airto Ferronato, DJ Cassiá, Elias Vidal, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nilo Santos e Paulinho Rubem Berta. Durante a Sessão, os vereadores Reginaldo Pujol, Beto Moesch, Engenheiro Comassetto e Pedro Ruas manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às doze horas e vinte e dois minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de hoje, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e secretariados pelo vereador Paulinho Rubem Berta. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.

 

 


A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4004/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 013/11, que inclui arts. 29-A e 29-B na Lei Complementar nº 677, de 19 de julho de 2011, e dá outras providências. (Gratificação Médicos – DMAE e DMLU)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há quem queira discutir. Está encerrada e cumprida a Pauta.

Informo aos senhores que todos estão com todos os Projetos propostos para votar, mas assim que instalarmos a Ordem do Dia, eu solicitarei aos Líderes que se reúnam para hierarquizarmos as votações.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 10h42min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 107ª, 108ª, 109ª, 110ª, 111ª, 112ª, 113ª, 114ª, 115ª, 116ª e 117ª Sessões Ordinárias e das 23ª e 24ª Sessões Extraordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADAS.

Suspendo os trabalhos para fazermos a ordem das votações.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 10h43min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 10h49min): Estão reabertos os trabalhos.

Srs. Vereadores, segundo sugestão do Ver. Sebastião Melo, fizemos contato com Guaíba a respeito do almoço com os Vereadores de Guaíba e a travessia via catamarã. Está tudo acertado para amanhã, quinta-feira, no Restaurante Caisinho, em Guaíba. O transporte realizado pelo catamarã sai do Armazém B, pontualmente, às 12 horas. A confirmação deve ser feita até o final da tarde do dia 21. A almoço é por adesão, com valor em torno de R$ 25,00. É preciso comprar antecipadamente a passagem. Cada Vereador, por favor, faça com que sua assessoria se desloque para comprar a passagem.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, a sua lembrança sobre esse assunto do convite dos nossos colegas de Guaíba para fazermos essa travessia e o almoçar lá comporta que se toque num assunto que nós vamos ter que enfrentar. Agora, pela manhã, vamos enfrentar três Projetos e, depois, a Reunião Conjunta das Comissões.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Serão dois e a Reunião Conjunta; após, o terceiro.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: São três, mais a Reunião Conjunta. Obviamente, ficam restando uns 40 Projetos, ou em torno disso; se não forem 40, são trinta e tantos. Ao meio-dia, finda a Sessão, vamos ter que fazer uma composição entre nós a fim de enxugar alguns Projetos; vamos votar o máximo possível hoje à tarde e, inclusive, acho que não se tem como evitar de votar amanhã pela manhã. E o que não der para votar hoje à tarde e amanhã de manhã vai ficar para o ano que vem. Eu acho que nós temos que chegar a uma solução nesse assunto. Eu sugiro que Vossa Excelência, depois de finda a reunião, chame as Lideranças para conversar objetivamente sobre essa situação. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Sabendo que temos muitos Projetos, eu vou pedir aos Vereadores que a discussão se faça exatamente nos Projetos em que temos dúvidas e questionamentos. Nos demais, pode ser usado o microfone de apartes para pequenos registros.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2424/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 022/11, de autoria do Ver. Professor Garcia e outros, que revoga os incs. I e II do caput do art. 42 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, excluindo a definição dos horários em que se reúnem ordinariamente as Comissões Permanentes. Com Emenda nº 01.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE, CEDECONDH e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº 022/11, de autoria do Ver. Professor Garcia, em 2ª Sessão. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Está encerrada a discussão.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3941/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 057/11, que cria 11 (onze) cargos de Arquiteto e 11 (onze) cargos de Engenheiro, de provimento efetivo, na Administração Centralizada do Município.

Pareceres:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 057/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação o PLE nº 057/11. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Apregoo a Emenda nº 16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, ao PLL nº 187/08, que altera o caput do art. 2º do Projeto, que passará a ter a seguinte redação (Lê.): “Art. 2º -Serão definidos como Túneis Verdes os seguintes logradouros, desde que essa definição seja de escolha dos respectivos moradores, confirmada previamente através de abaixo-assinado, obtido exclusivamente para cada logradouro, em que esteja manifesta a vontade dos moradores residentes na maioria dos domicílios respectivos”.

Apregoo Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel que solicita dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 16 ao PLL nº 187/08 para Parecer.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que solicita a dispensa do envio às Comissões da Emenda nº 16 ao PLL nº 187/08, para Parecer. (Pausa.)

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. ADELI SELL: Sou radicalmente contra, porque este Projeto é um contrabando, não tem estudo técnico; tem que voltar para as Comissões, tem que ser discutido. A Cidade precisa pensar a sua sustentabilidade, mas não pode parar por causa da vontade de uma pessoa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; em primeiro lugar, este Projeto é resultado, Ver. Adeli Sell, do Atlas Ambiental que prevê túneis verdes, portanto, não é um contrabando! Vossa Excelência aprenda a respeitar os seus colegas! Os túneis verdes estão previstos no Atlas Ambiental realizado no Governo do seu Partido, o qual respeito, coordenado por Rualdo Menegat; túneis verdes, isso já está no imaginário coletivo de Porto Alegre. Portanto está, Ver. Todeschini, no Atlas Ambiental de Porto Alegre. E é por isso e tão somente por isso que a população porto-alegrense demandou a criação de 15 túneis verdes como Áreas de Uso Especial decretadas pelo então Prefeito José Fogaça, Ver. Idenir Cecchim. Foi uma resposta do Governo Fogaça à demanda da sociedade. Eu não entendo esse Fórum do Turismo! Porto Alegre recebe turistas também por causa dos túneis verdes, e o Presidente e o Vice-Presidente do Fórum de Turismo são contra o Projeto que valoriza o turismo em Porto Alegre, Ver. Mauro Pinheiro! Mas que Fórum é esse?! O Sindpoa é favorável aos túneis verdes, por exemplo; a sociedade é favorável, e o Projeto de Lei apenas transforma em lei os Decretos existentes, Ver. DJ, pura e simplesmente, com menos definições que os Decretos existentes, procurando ser uma lei mais genérica para, quem sabe, posteriores decretos definindo melhor as ruas existentes e, por que não, criando novas ruas, porque Porto Alegre, com mais de cinco mil ruas e avenidas, tem muito mais do que 50 ruas previstas no Projeto de Lei como túneis verdes, muito mais do que isso! Nós temos bairros inteiros como túneis verdes, e talvez, Ver. Haroldo, a confusão esteja no seguinte: a Área de Uso Especial é um instrumento novo, um instrumento do Código Estadual do Meio Ambiente que dialoga com o patrimônio cultural e ambiental do Plano Diretor. Ele nunca foi regulamentado e este Projeto também não o regulamenta, este Projeto não regulamenta absolutamente nada do que diz o Plano Diretor com relação ao patrimônio cultural e ambiental. Esta Casa tem que regulamentar, já que o Executivo não o faz, o patrimônio cultural e ambiental. Mas é um instrumento novo; Área de Uso Especial não é tombamento, é manejo, com um cuidado especial, da arborização existente. É possível podar e cortar árvores nessas ruas, já que essa é a preocupação. Já que a preocupação não é preservar, e sim degradar a Cidade, já que a preocupação de alguns Vereadores é viabilizar apenas shopping center, carros e avenidas a serem alargadas, já que a preocupação é somente essa, eu digo que é possível fazer isso nas Áreas de Uso Especial. É! É possível cortar e podar árvores; a diferença é que essas ruas passam a ser consideradas patrimônio da Cidade pela sua beleza paisagística, ambiental, cultural, histórica e turística. O próprio ônibus da linha de turismo já está passando nos túneis verdes por demanda dos turistas aqui de Porto Alegre.

Então, este Projeto de Lei, pura e simplesmente, dialoga com uma realidade da cidade de Porto Alegre, que começou já no século XIX quando, nesta Cidade, as pessoas passaram a plantar árvores, que precisam ter um cuidado especial independentemente de poda e corte, já que essa é a preocupação de alguns Vereadores. Mas não há contrabando, eu não aceito essa palavra aqui. Quem diz que é contrabando está desrespeitando a Cidade, a sua história e a sociedade, que está demandando, sim, a criação de Áreas de Uso Especial. Está, inclusive, afrontando o próprio Plano Diretor, afrontando, ao dizer que é contrabando, a Lei Orgânica do Município, que diz que a nossa arborização tem que ser preservada, o que nunca foi regulamentado, e desrespeitando o Código Estadual do Meio Ambiente, que cria esse instrumento – Área de Uso Especial –, que não é reserva, não é tombamento, mas um cuidado especial e o reconhecimento de que, pela sua beleza, faz parte do patrimônio da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação de Requerimento de sua autoria.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu encaminhei esta Emenda e pedi dispensa justamente para facilitar a votação. Vereador Beto Moesch, V. Exª não me ouve. (Pausa.) Encaminhei esta Emenda para facilitar a votação e por isso pedi dispensa. Bom, eu efetivamente quero a dispensa do envio para que o Projeto seja votado, no entanto, faço um apelo ao Ver. Beto Moesch, porque solicitei também a realização de uma Audiência Pública para que os moradores sejam ouvidos. São 70 ruas, e os moradores precisam ter consciência do que será feito ou não será feito nas suas ruas. Então, eu peço a gentileza do Ver. Beto Moesch de retirar da programação para votação, e que nós aguardemos o ano que vem a Audiência Pública que será feita para que os moradores tenham conhecimento deste Projeto. Então, eu peço, faço este apelo ao Ver. Beto Moesch para que retire de priorização, para que a gente faça a Audiência Pública.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli Sell, o Requerimento de dispensa de envio às Comissões da Emenda nº 16 ao PLL nº 187/08, para Parecer. (Pausa.)

 

O SR. BETO MOESCH: Queria esclarecer o seguinte... Obrigado, Srª Presidente, o que acontece?

 

(Aparte antirregimental do Ver. Adeli Sell.)

 

O SR. BETO MOESCH: Está em votação e eu vou falar! Não vai ser V. Exª que vai dizer que eu não posso falar. O senhor não é Corregedor...

 

(Tumulto no plenário.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está bem, o Vereador pediu. Beto, por favor! Está bem. Obrigada. Então, o Beto apenas lembra que todas as Emendas, as demais Emendas já voltaram para a Comissão. Já vivemos uma situação parecida com esta. Agora, estamos tratando da Emenda do Ver. Nedel.

Repito: em votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli Sell, o Requerimento solicitando dispensa do envio da Emenda nº 16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, ao PLL nº 187/08, à apreciação das Comissões, para Parecer. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 12 votos SIM e 10 votos NÃO.

Estão suspensos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 11h5min.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon - 11h35min): Estão reabertos os trabalhos. Sugiro aos colegas Vereadores, pela sensibilidade que tive aqui, que interrompamos os trabalhos por apenas meia hora – às 12h30min –, para voltarmos às 13h. Proponho, à noite, tentarmos ir até as 20h, se houver acordo por parte dos nobres Vereadores, porque, na votação de amanhã, nós vamos avançar tarde adentro, porque a manhã passa voando. Pergunto aos senhores se hoje o intervalo pode ser de apenas meia hora?

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: De nossa parte, estamos de acordo para que a Câmara seja produtiva. Nesse sentido, sugerimos que, antes de iniciarmos a Sessão, possamos reunir as lideranças para fazer o grande acordo da sequências dos projetos a serem votados. Se iniciarmos a votação sem este acordo, qualquer projeto, do qual tiver alguma discordância, pode interromper os trabalhos. A sugestão é que a primeira meia hora seja para a reunião de Lideranças na sala da presidência, para poder ser feito esse acordo.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. Então, foi exatamente o que combinamos, que faríamos no início da tarde. Vamos agendar para as 13h. Agora, será discutido e votado o Projeto do Ver. Braz. Isso já foi acordado.

 

O SR. PEDRO RUAS: Nós votaremos agora o Projeto do Ver. Braz e, depois, podemos fazer a reunião de Lideranças?

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Podemos, pode ser antes do almoço.

 

O SR. PEDRO RUAS: Porque isso evita que seja feito depois. Podemos fazer agora, antes do almoço. É a minha sugestão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Exatamente, não há problema. Então, vamos fazer assim: terminando a votação do Projeto do Ver. Braz, nós interrompemos para reunião de Lideranças, para hierarquização de projetos na priorização, na sala da Mesa Diretora, e retornamos às 13h30min.

 

O SR. PEDRO RUAS: Às 13h30min.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3319/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/11, de autoria do Ver. Luiz Braz, que inclui art. 5º-A na Lei nº 10.260, de 28 de setembro de 2007, alterada pela Lei nº 10.823, de 21 de janeiro de 2010, proibindo a exploração de estacionamento temporário remunerado em vias de grande circulação de veículos localizadas fora do perímetro central do Município de Porto Alegre.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 21-12-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 164/11. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu tive o cuidado de ir até o Secretário Vanderlei Cappellari – Ver. João Dib, eu peço a V. Exª, que é o Líder do Governo, por favor, eu gostaria de dialogar com todos os Vereadores, mas especialmente com V. Exª, que é o Líder do Governo –, tive o cuidado de ir até o Secretário Vanderlei Cappellari para dizer a ele que nós estávamos querendo colocar em votação este Projeto na Câmara Municipal, e ele aprovou, porque isto seria, na verdade, Verª Fernanda Melchionna, colocar nas mãos do Secretário uma condição que hoje ele não tem.

Em 1989, nós fizemos o Projeto de criação da Área Azul na região Central da Cidade, e nós queríamos criar só para a região Central. Quem implantou a Área Azul foi então o Prefeito Olívio Dutra, em 1989, mas nós não pensávamos, na verdade, que a Área Azul fosse, realmente, alguma coisa boa para toda a Cidade; nós queríamos uma Área Azul para a região Central da Cidade, e nós fizemos a Área Azul para a região Central, tanto é que estamos preservando a Área Azul para a região Central da Cidade. Nas outras áreas, onde temos vias de grande fluxo, como vai haver uma licitação no início do ano que vem para a Área Azul, nós queremos dar oportunidade para que o Secretário possa determinar que não haja estacionamento nessas vias de grande fluxo. A Prefeitura teria então a obrigação de escolher áreas ou garagens em que ele pudesse fazer esses estacionamentos, liberando as vias de grande fluxo para o trânsito fluir de uma forma melhor. O Secretário gostou da ideia. Falei com o Prefeito, que também gostou da ideia, e estou trazendo isso hoje para ser votado aqui. Pedi prioridade, exatamente porque, se nós não votarmos hoje, no início do ano que vem, não adiantará mais, porque haverá uma licitação nos primeiros meses de 2012. Então, precisamos votar esta matéria agora, para dar tempo, inclusive para que o Governo possa refletir um pouco mais sobre ela, a fim de que coloquemos nas mãos da Secretaria Municipal dos Transportes uma arma para poder combater o problema de não fluidez do trânsito. Nós temos hoje um trânsito trancado em Porto Alegre, e isso possibilitaria que a Secretaria Municipal dos Transportes, em algumas áreas, em algumas zonas, pudesse ter condições de fazer com que o trânsito fluísse, sem precisar daquela alternativa que é cara, Ver. Mauro Pinheiro, por exemplo, do metrô. É claro que precisa vir o metrô, uma hora virá, mas, para fazer fluir o trânsito, será uma alternativa muito mais cara. Nós queremos colocar uma alternativa mais barata nas mãos do Sr. Prefeito Municipal, nas mãos do Secretário Cappellari, a fim de que isso possa acontecer. Essa é a proposta que nós colocamos em votação, e por isso que pedi aos meus Pares prioridade para votar este Projeto hoje.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo Canal 16, público das galerias, o seu Projeto, Ver. Luiz Braz, em sua essência, é um Projeto que eu acho que toda a Cidade concorda que é para tentar melhorar o fluxo no trânsito de Porto Alegre. Só que é um Projeto cuja discussão V. Exª não conseguiu aprofundar e que não determina quais são as vias, e essa é uma dificuldade que nós temos. Eu sei que V. Exa vai dizer: “Bom, mas a EPTC vai determinar quais são essas vias”. Então, nós ficamos com alguma dificuldade.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Mauro Pinheiro, eu acredito que nenhum dos Vereadores da Câmara Municipal teria essa condição técnica de determinar quais seriam essas vias. Por isso que nós colocamos vias de grande fluxo nas mãos da EPTC, para que eles definam, porque eles têm técnicos suficientes para poder fazer essa definição. O que nós queremos não é, de repente, nós dizermos que é aqui ou ali; são os técnicos que vão dizer onde é que precisaremos escoar melhor esse fluxo de carros que aumenta a cada dia.

 

O SR. MAURO PINHEIRO: Perfeito, Ver. Luiz Braz. Muito obrigado pelo seu aparte, sempre muito inteligente, mas eu fico com alguma dificuldade, Ver. Luiz Braz. Por quê? Quando tu não determinas, quando tu não sabes exatamente onde estás votando... Por exemplo, em algumas avenidas que hoje têm estacionamentos em alguns horários em que a EPTC já determinou que se pode estacionar por o fluxo ser menor em certos horários em uma das mãos da rua, se nós simplesmente proibirmos esses estacionamentos, eu me preocupo com as áreas comerciais. Nós temos grandes avenidas em Porto Alegre, Ver. Pedro Ruas, que têm grandes comércios e que, de certa forma, dependem do estacionamento! Se não houver onde estacionar, poderemos levar uma grande parte do comércio de Porto Alegre ao fracasso!

Então, eu me preocupo em votar um Projeto em que nós estamos proibindo o estacionamento sem saber exatamente quais os danos e os problemas que poderemos causar. Eu sei que o problema do congestionamento é grave na cidade de Porto Alegre, o trânsito está insuportável, mas eu não posso simplesmente proibir sem ver rua a rua, avenida a avenida, porque eu posso estar resolvendo um problema e criando um problema maior ainda, Ver. DJ Cassiá, com todos os comércios. Então, eu acho que é um Projeto que tem que ser analisado com muita cautela, com muita calma. Eu não gostaria de votar e aprovar um Projeto agora, em final de ano, pois nós estamos examinando quase 40 Projetos, um atrás do outro, projetos do Executivo e dos próprios Vereadores que chegaram agora na Casa. Então é um Projeto que talvez possa causar mais congestionamentos. Concordo com o Ver. Luiz Braz sobre essa preocupação, mas eu me preocupo em, ao resolver um problema – se é que vamos resolver esse problema –, não vamos causar um dano maior ainda, até mesmo para a economia da Cidade. Eu gostaria de ter um estudo técnico mais profundo da EPTC, para poder decidir com mais clareza. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Vereadoras, Vereadores e público que nos assiste; Ver. Braz, tenho estudado, com a Verª Fernanda Melchionna e com a coordenação da nossa Bancada, o Projeto de V. Exª, ao qual, em princípio, sou simpático.

Eu agora falava com o Ver. João Dib sobre este tema e muito falei sobre isso com o Ver. Toni Proença. Na verdade, qual é a dúvida que existe neste momento, Ver. Braz, que eu acho que pode ser sanada por emenda? V. Exª busca atingir uma determinada área, uma avenida de grande fluxo, com razão, na minha opinião; sou contra estacionamentos em avenidas, acho que estacionamentos de qualquer natureza atrapalham o trânsito, prejudicam a Cidade, e, neste fim de ano, está-se vendo que está um verdadeiro inferno em razão disso. Mas o Ver. João Dib argumentava, com razão, que, tirando a Área Azul – que acho que deve ser retirada, realmente –, deve ser garantido que não haverá nenhum outro tipo de estacionamento. Nós teríamos que ter aquela placa com o E e o X, porque, sem isso, Ver. Braz, o que vai ocorrer, e aí tem razão o Ver. Dib, é que alguém coloca o carro de manhã, às 7 horas, e vai ficar até as 8 horas da noite trancando a avenida do mesmo jeito, sem a rotatividade da Área Azul. Então, parece-me que o Projeto do Ver. Braz é bom, mas precisa esse tipo de complemento, para que não gere a dúvida quanto ao aproveitamento indevido da área. Do meu ponto de vista, Ver. Dib, o Projeto só tem sentido e só é positivo enquanto garante maior fluxo de veículos na avenida. Se, por algum motivo, ele não garante isso, bem, aí nós temos problemas. Mas se ele garante, Ver. Braz, é um Projeto excelente.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pedro Ruas, ouço V. Exª com atenção. Quero esclarecer a V. Exª uma coisa: só poderia mexer através de lei na Área Azul, porque o resto é administrativo. Perguntam-me: e o estacionamento não pago? Esse é administrativo. O que vai ser licitado agora e ficará nas mãos de uma empresa no início do ano é a Área Azul. Então é na Área Azul que temos que mexer, o resto fica nas mãos do Secretário Cappellari, porque esse é um Ato Administrativo, não é regulado por lei. Na Área Azul, tenho que mexer por lei porque é criado por lei.

 

O SR. PEDRO RUAS: Compreendo V. Exª, mas veja que temos que ter um tipo de garantia, talvez do Presidente da EPTC, enfim, temos que ter uma garantia de que, por Ato Administrativo, essas áreas onde não haverá Área Azul também serão áreas proibidas para qualquer tipo de estacionamento. Tem que ter esse tipo de garantia. Parece-me que o Ver. Toni Proença trabalha em uma Emenda nesse sentido, que terá o nosso apoio, porque é o que queremos. Nós queremos as vias, particularmente as avenidas de grande fluxo, absolutamente desimpedidas. Nesse sentido o Projeto do Ver. Braz é muito correto e positivo, ajuda a Cidade, é muito bom o Projeto de Vossa Excelência. Mas precisamos um pouco mais de garantias para que uma ideia ótima como a sua não termine de alguma maneira piorando a situação, tirando a rotatividade e deixando o tipo de estacionamento que é o pior de todos, é aquele permanente, sem controle, é aquele que pode ficar 12, 13, 24 horas impedindo o fluxo nas grandes avenidas. Acho, e vejo que os Vereadores estão trabalhando nesse sentido, particularmente o Ver. Proença, que o Projeto de V. Exª, Ver. Braz, tem tudo para ser aprovado, desde que tenhamos essas garantias de que não será indevidamente utilizado num estacionamento permanente, superando o temporário para pior. E aqui me parece que temos todos a obrigação, nem que tenhamos que aguardar alguns minutos, para termos uma Emenda nesse sentido, e, enfim, podermos votar a favor da Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu fui Relator desta matéria e dei o Parecer Conjunto, que foi aprovado na reunião correspondente à sua análise.

Eu vejo neste Projeto – quero assinalar este fato – uma circunstância muito especial. Retorna para a Casa a discussão deste tema, o que, em verdade, Srª Presidente e Srs. Vereadores, hoje, pela legislação vigente, nenhuma instalação de Área Azul fora do perímetro central poderia ser feita sem a audiência desta Casa. E nem precisaria ser nessas avenidas de grande circulação que o Ver. Luiz Braz contempla, como outras que não são avenidas, mas em que existem, inclusive, situações absolutamente incompreensíveis. Por exemplo, uma área de boa circulação ter estacionamento temporário pago dos dois lados da rua, o que transforma a circulação numa verdadeira confusão. Ora, nós estamos aqui diante daquela velha situação em que o Governo tudo pode, o particular não pode. A gente vai lá e diz: “É errado estacionar nessa rua”. Agora, se pagarem um dinheirinho para a empresa que o Município autoriza a cobrar, aí deixa de ser errado, passa a ser certo.

Então, eu venho à tribuna muito mais com o objetivo de aprofundar esta discussão, até porque, alertam-me os colegas, paralelamente ao debate que estamos fazendo, as Lideranças discutem algumas emendas com as quais pretendem superar algumas dúvidas e restrições apresentadas ao Projeto do Ver. Luiz Braz, e ele se aproxima do microfone de apartes, e me pede esse aparte, e eu o concedo com a maior alegria.

 

O Sr. Luiz Braz: Ver. Reginaldo Pujol, veja bem, a nossa preocupação inicial foi exatamente as áreas que são pagas, a Área Azul, porque, afinal de contas, essas áreas foram criadas por lei, e nós temos que modificá-las por lei. O resto dos estacionamentos, aqueles estacionamentos não pagos são decisões administrativas que a própria Secretaria pode tomar; não precisa de lei para fazer isso. Mas está sendo construída uma emenda pelo Ver. Toni Proença para que na própria legislação que estamos criando já se proíba também esse estacionamento do não pago nessas vias de grande fluxo e que a Prefeitura crie alternativas para estacionamentos.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Agradeço o aparte de Vossa Excelência. Acho que, evidentemente, estamos vivendo na intensidade essa circunstância que não passa desapercebida por ninguém nesta Cidade como também não passa desapercebida neste País e neste Estado: é que a multiplicação, cada vez maior, do número de veículos que são licenciados e, consequentemente, Ver. Tarciso, transitam na Cidade, gera uma situação praticamente incontrolável. A criação de garagens alternativas, inclusive as garagens subterrâneas, e há muito se cogita isso, só agora começa a se deslumbrar a possibilidade de elas existirem com a propalada realização da licitação pública na busca de interessados para bancar esse empreendimento. Aliás, eu nem sei por que faltam empreendedores para fazer garagens em Porto Alegre, porque é o negócio mais lucrativo que eu conheço! O preço para se estacionar um veículo, aqui no perímetro central, em uma garagem, é astronômico! É um convite para não se vir ao Centro. Então, evidentemente, eu sei que nós temos que combater esse problema da circulação, Ver. Oliboni, de forma inteligente, até apoiando projetos muito específicos que vão ter maturação longa, e só vamos poder sentir o seu resultado dentro de 4, 5, 6 anos, como é o caso do metrô e de algumas revitalizações que, por lei específica, precisamos fazer no seu entorno...

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol continua a sua manifestação, a partir deste momento, por cedência do Ver. Paulinho Rubem Berta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Fico grato, Ver. Paulinho Rubem Berta, e também fico grato a Vossa Excelência, Presidente, por me permitirem que eu aprofunde mais este debate não só pela conveniência do seu aprofundamento, mas, sobretudo, por estarmos ganhando tempo hábil para que as negociações que se desenvolvem pelo Ver. Toni Proença, pelo Ver. Ruas, pelo Ver. Comassetto, pelo Ver. Raul possam prosperar a ponto de nós termos encaminhadas à Mesa essas Emendas, que são verdadeiras contribuições objetivas para que se retirem do Projeto algumas características que são entendidas, pela grande maioria da Casa, como desagradáveis e desaconselháveis numa legislação.

Mas o mais importante, eu quero repetir, é que está ocorrendo no Município um permanente e total desrespeito à legislação hoje vigorante. Atualmente, nenhuma Área de Estacionamento Azul poderia ser estabelecida fora do perímetro central sem que houvesse prévia autorização da Câmara de Vereadores. Todos esses casos de estacionamento de Área Azul existentes por aí não tiveram a autorização da Câmara. O Ver. Dib, que foi o primeiro Vereador nesta Cidade, há 40 anos, a falar em estacionamento temporário pago, deve reconhecer, como nós reconhecemos, que aquele mundo que enxergávamos há 40 anos, 30 anos é completamente diferente do atual. Não podemos, de modo nenhum, ficar acreditando que, com pequenas cirurgias, nós vamos enfrentar essa situação. Ou se buscam grandes soluções, ou vamos ser soterrados pelo problema; ou se abrem nos pontos principais de Porto Alegre, Ver. Idenir Cecchim – V. Exª teve aprovado um Projeto de Lei há poucos dias nesse sentido –, as garagens subterrâneas, ou se toma essa atitude corajosa, pretensiosa, capaz de enfrentar objetivamente o problema, ou vamos ficar todos os anos discutindo se proibimos ou permitimos. Hoje, proibir é uma consequência da necessidade de fluir o trânsito; permitir é uma forma de reconhecer as necessidades que as pessoas têm, na farmácia, no estabelecimento comercial, no banco, de estacionar na frente nem que seja meia hora.

Obviamente, Vereador, na conjunção dessas situações, há necessidade de uma resposta mais objetiva, o que é um dos grandes empreendimentos que V. Exª advoga e com os quais eu concordo.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Reginaldo Pujol, V. Exª levanta um assunto interessante e uma ligação importante. Se proibirmos, por exemplo, o estacionamento na Av. Assis Brasil, nós vamos prejudicar o maior shopping de rua da América Latina; são 8 quilômetros de comércio, lado a lado. E lá, nos horários de maior movimento, é proibido o estacionamento pago. Então, a minha preocupação é neste sentido: o que é que nós vamos fazer com os comerciantes de rua, por exemplo, da Av. Assis Brasil, que dependem, muitas vezes, desses 15, 20, ou 30 minutos para que o cliente pare, faça sua compra e possa ir embora? Vossa Excelência levanta um assunto muito importante. A minha preocupação é neste sentido também: que antes de se proibir se ache uma solução.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pujol, está-se fazendo uma melhora na Redação, dizendo que esse estacionamento será proibido desde que se criem vagas nas vias laterais para que tenhamos alternativas para que esses carros possam estacionar em outros locais.

Mas temos que partir para a ideia de não permitir o estacionamento nas vias de grande fluxo porque isso tem acabado com a possibilidade de paz na Cidade.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu agradeço a Vossa Excelência. Acho que estou cumprindo aquilo que eu tinha me proposto, ainda que eu não possa bater palmas para a Emenda proposta, porque nós estamos somente transferindo o problema, mudando ele de lugar. Eu estou sustentando desta tribuna, V.Exª não estava me ouvindo, Vereador, que enquanto nós não tivermos atitudes ousadas, fortes, positivas, nós vamos continuar tocando música de ouvido e em torno de uma nota só. É o samba de uma nota só, é sempre a mesma coisa: quando a gente resolve o problema de um lado, a gente o transfere para outro lado.

Em verdade, retirar da avenida e colocar nas ruas de pouca circulação pode, de repente, ser um problema maior do que o existente hoje. Mas pelo menos será uma tentativa.

Acho que, ao final e ao cabo, uma coisa tem que ficar muito clara: a lei vem sendo descumprida no Município de Porto Alegre. Novas áreas azuis ou as próprias áreas azuis, ao serem restabelecidas, terão que ter, a rigor da lei, até que essa seja modificada, se o for, a audiência desta Casa, senão serão ilegais, como o são até o presente momento.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, o Ver. Luiz Braz oferece a esta Casa um debate e uma proposição de um tema que é muito forte na Cidade, que é a questão da tratativa das Áreas Azuis E o que diz seu Projeto de Lei e a proposta originalmente apresentada? (Lê.): “Fica proibida a exploração de estacionamento temporário remunerado em vias de grande circulação de veículos localizadas fora do perímetro central do município de Porto Alegre”. Já fizemos um grande debate aqui no Plenário e estamos construindo um acordo porque entendemos que a Lei, como foi apresentada, traz alguns problemas para a Cidade. O primeiro deles é que as grandes vias estruturadoras, onde existe um comércio, por exemplo, e que tenha estacionamento de Área Azul, as pessoas o utilizam para o ir-e-vir e poder dar sustentação, inclusive, ao comércio local. Se nós proibirmos a cobrança, e deixarmos o estacionamento livre, as pessoas utilizarão esses espaços durante todo o dia; trancarão o trânsito e não darão vida ao comércio local, por exemplo. Então, a tese que construímos juntos é que nós temos que tirar sim, os carros dessas vias para dar maior fluidez ao trânsito. Mas não podemos desproteger as pessoas, que utilizam essas regiões, querendo estacionar. Então, estamos construindo uma emenda coletiva – e o Ver. Luiz Braz está dando o seu de acordo, porque não somos contra a Área Azul, até porque é um patrimônio do Município de Porto Alegre –, que diz: “Fica proibida a exploração, bem como o estacionamento de veículos em vias de grande circulação de veículos, localizadas fora do perímetro central do município de Porto Alegre, desde que o mesmo número de vagas dos estacionamentos temporários remunerados suprimidas sejam criadas em vias alternativas”. Portanto, tira das grandes vias estruturadoras, mas o coloca nas vias vicinais nesses locais de grande comércio. Ai nós estaremos liberando as vias estruturadoras para que tenham maior fluxo de veículos, não interrompendo o trânsito, estaremos dando condições para que o comércio se mantenha e a instituição Área Azul possa continuar existindo. Então, creio que esses três princípios que estamos propondo nessa Emenda recuperam o Projeto, pois vão proporcionar à EPTC construir uma qualidade, isto é, poderão liberar as grandes vias para que elas sejam utilizadas para o fluxo de veículos. Não estamos destituindo a Área Azul e estamos dizendo que a EPTC só fará isso, se ela construir vagas de estacionamento na mesma região nas vias que não sejam de grande fluxo de veículos. Portanto, dessa maneira, com acordo do autor do Projeto, o Ver. Luiz Braz, creio que nós podemos, Ver. Pujol, apresentar uma solução para a Cidade que venha a ajudar a resolver três questões ao mesmo tempo: a fluidez dos veículos; respeitar aqueles que têm comércio para que possam manter as suas atividades comerciais com fluxo de pessoas; e manter a instituição da Área Azul. Nesse sentido, estamos construindo coletivamente essa Emenda. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. BETO MOESCH: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, o Ver. Luiz Braz traz um assunto que é debatido há tempos na Cidade e que, em algumas cidades, já foi resolvido. Olhem, por exemplo, Bogotá. Na cidade de Bogotá, que é uma referência mundial em urbanismo, não só para a América do Sul – o Ver. Idenir Cecchim conhece Bogotá –, o Prefeito de então proibiu o estacionamento em todas as avenidas da cidade e, no lugar do estacionamento, colocou ciclovias. Com isso, agregado a uma mudança no transporte coletivo, fez uma revolução no transporte coletivo e urbanístico em Bogotá.

O Projeto do Ver. Luiz Braz não diz, Srª Presidente, que irá colocar ciclovia no lugar, mas o princípio é o mesmo: a melhoria da mobilidade na Cidade, tendo como parâmetro as principais avenidas da Cidade. E eu concordo com Bogotá sobre colocar, no lugar do estacionamento, a ciclovia, mas isso é um outro debate.

O Projeto do Ver. Luiz Braz se preocupa principalmente com a fluidez do trânsito. Então, se nós melhoramos as avenidas, se nós as alargamos e investimos milhões e milhões nessas avenidas, nós temos que manter ou fazer com que as características dessas avenidas sejam garantidas pelas aplicações, investimentos e debates existentes.

Portanto, Ver. Braz, esse Projeto, na minha opinião, dialoga com a Cidade. Mais, o Vereador se preocupa ainda, ao colocar um parágrafo único, que a Prefeitura indicará, com base em estudo técnico, as vias que serão contempladas pelo Projeto, ou seja, aquelas em que não se terá estacionamento para uma melhor fluidez, e abre a oportunidade para que possamos debater melhor o uso real, Ver. Tarciso, dessas avenidas.

Afinal, elas estão aí para terem fluidez, contemplando o transporte público coletivo, contemplando a bicicleta e, claro, o carro também, ou apenas e tão somente o carro, facilitando ali o estacionamento? Porque local para estacionar é em estacionamento e não na própria avenida.

 

O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Beto Moesch, quero agradecer o pronunciamento de V. Exª e lembrar o seguinte: como, no início do ano que vem, vão ser abertas licitações para que novas empresas assumam a Área Azul, por isso a necessidade de votarmos agora. Se não houvesse essa licitação agora, nós poderíamos jogar para o ano que vem e discutir mais. Só que daqui a pouco a Prefeitura vai fazer uma licitação sem que haja regramentos, e nós estamos querendo colocar um regramento especial para a Prefeitura.

 

O SR. BETO MOESCH: Perfeito. Portanto, sou favorável ao Projeto. Ele precisa ser ainda, não o Projeto, mas o tema, mais debatido, mais aperfeiçoado com relação a esses outros quesitos que coloquei. Mas o Ver. Luiz Braz, com esse Projeto, abre um espaço para que possamos aprofundar o verdadeiro uso dessas avenidas na cidade de Porto Alegre. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 164/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu gostaria de ser ouvido. Fui Secretário Municipal de Transportes duas vezes, pertenci ao Conselho Estadual de Trânsito durante 17 anos – estive algum tempo como vice-presidente e eventualmente exerci a presidência; então, trânsito é uma coisa de que espero entender um pouco. Não acho que possa ser feito o aproveitamento do Ver. Luiz Braz com a Emenda apresentada pelo Ver. Engenheiro Comassetto. Trânsito é como jogo de xadrez: não se mexe numa peça sem pensar no que vai acontecer depois. Hoje está funcionando a Av. Assis Brasil, por exemplo, com estacionamento temporário pago, dando oportunidade às pessoas que desejam procurar o comércio de fazer as suas compras; se nós tirarmos de lá, não vai ser fácil dar estacionamento proibido. Nós temos que examinar todas as ruas da Cidade. Saio de casa, e moro numa travessa que não é travessa, é um beco, onde há estacionamento permitido dos dois lados, e um carro tem que desviar de outro. Aí, entro na Rua Germano Petersen Junior; é pior ainda! O problema de estacionamento tem que ser estudado no seu conjunto para a Cidade toda, e não há como fazer vias próximas ao estacionamento temporário pago porque vão criar problema lá nas outras ruas. Na Av. Assis Brasil, por exemplo, não está criando problema para ninguém; está resolvendo o problema. Então, acho que o Projeto, por melhor que seja a intenção, está equivocado, e a Secretaria Municipal de Transportes, posso afirmar, não concorda com o mesmo. Portanto, acho que devemos votar contrariamente e pedir que seja feito um estudo para toda a Cidade. Isso eu acho pode ser feito, mas é um pedido, não um projeto de lei. E nós não podemos legislar sobre circulação aqui. Quantos técnicos que entendem deste assunto estão presentes no Plenário? Quase nenhum. Eu até não teria a ousadia de tentar fazer uma projeção de modificar o trânsito aqui ou acolá, porque, realmente, eu preciso analisá-lo como se ele fosse um jogo de xadrez – isso é importante.

Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo a Emenda nº 01, que dá nova redação ao art. 5-A do PLL nº 164/11 (Lê.): “Art. 5º- A – Fica proibida a exploração, bem como o estacionamento de veículos em vias de grande circulação localizadas fora do perímetro central do Município de Porto Alegre, desde que o mesmo número de vagas dos estacionamentos temporários remunerados suprimidas sejam criadas em vias alternativas”. Assinam os Vereadores Toni Proença, Engenheiro Comassetto, Reginaldo Pujol, Pedro Ruas e Idenir Cecchim.

Em votação o Requerimento, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01, ao PLL nº 164/11, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, a Emenda nº 01 ao PLL nº 164/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 13 votos SIM e 09 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, o PLL nº 164/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 13 votos SIM e 09 votos NÃO.

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h22min.)

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